terça-feira, 1 de abril de 2008

Incapaz de dizer o q se espera ouvir...

Ultimamente ando sentindo que o limo está mais escorregadio, que as pedras do calçamento estão meio soltas e que as paredes e até o céu oscilam se firmes ou não...

Fui professora de meninas como a Luciana Marrara e a Ana Paula Pires e que assim, em pleno desabrochar, já não o farão mais...
Eu ouço as pessoas , mas custo assimilar a partida dessas meninas...
Várias vezes, nesses últimos dias, paro e fico lembrando de certos momentos na escola, como a Luciana, exalando vitalidade e alegria de viver. E eu, somente para implicar, a questionava: "Tu não sabes ficar triste não, menina?" E ela respondia com uma estonteante e gargalhada no sacudir de suas argolas. E a singela Ana Paula, como no dia em que me dei conta do quanto essa estava crescida, ao vê-la dançando uma coreografia com seus colegas de classe. Ela dançava feliz e estava linda, desabrochando... Aliás, todos aqueles meninos e meninas personificavam o encanto da juventude... Foi quando percebi que já eram moças e rapazes... E que todos tinham a vida para e por conquistar...
Deus, não questiono Sua sabedoria; somente, algumas vezes, não sou capaz de entendê-la ...
Descansem em paz, meninas. Vcs deixm saudades por terem sido, cada uma à sua maneira, belíssimas pessoas. Meninas de ouro, cravadas de brilhosos e valiosos diamantes ...
Adeus, nesta existência, queridas.
Professora Rosângela Guedêlha.

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